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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Islândia

Viagem independente de 10 dias à Islândia, em agosto de 2015, em opção económica, neste que é dado como um destino caro. Voo Ryanair para Manchester e transbordo para voo Easyjet em direção ao Aeroporto Internacional de Keflavík, localizado 50 quilómetros a sudoeste da capital. Reiquiavique é a capital mais setentrional do mundo, muito perto do Círculo Polar Ártico.

Transfer em autocarro Gray Line (16€) do aeroporto para o hostel reservado antecipadamente, The Capital-Inn Hostel (18€ por pessoa).

Chegámos pela manhã, deixámos a bagagem no dormitório e partimos para explorar esta pequena cidade, a pé, apesar do tempo ameaçar chuva. Começámos pela Hallgrímskirkja, igreja luterana com 73m de altura, a maior do país, com arquitetura inspirada nas formações rochosas vulcânicas da Islândia. A principal religião islandesa é o luteranismo, que pertence à doutrina protestante.


Passeio pelas ruas da baixa, passando pela Skólavörðustígur e pela Laugavegur, as principais ruas de comércio. 
Reiquiavique
Descemos até ao View Point e em seguida entrámos no edifício Harpa, sala de concertos e centro de conferências de Reykjavík com um formato moderno, símbolo do dinamismo e revitalização da cidade. O povo islandês é muito ativo e culto. A participação em acontecimentos culturais é muito elevada, apesar do pouco tempo livre de que dispõem, pois contam com a semana de trabalho mais longa da Europa. Tivemos a oportunidade de assistir a um recital de piano na sala superior, com vista para o porto.
Voltaríamos a visitar a cidade no final da nossa visita à Islândia, andando por esta zona histórica do porto, onde os primeiros colonos vikings se estabeleceram e onde se instalou o Museu Saga, no local onde foi encontrada uma casa viking do século IX.
E como calhou ser o Dia da Cultura, a cidade estava animada apesar da chuva e entrámos gratuitamente no National Theatre, o Museu Nacional da Islândia que dá a conhecer a história do país desde os primórdios até aos dias de hoje.
A história da Islândia é recente em comparação com o resto da Europa, foi o último país a ser colonizado. Diz-se que os primeiros povoadores da ilha foram uns monges irlandeses, lá pelo século VIII, e que tiveram que ir embora pela invasão dos Vikings. Os primeiros colonos falavam a antiga língua nórdica, que tem mantido a sua vitalidade até o presente.
Em termos geológicos, esta grande ilha vulcânica que é a Islândia, localizada no norte do oceano Atlântico, é o país mais jovem da Europa, ainda em formação. O seu território abrange a ilha homónima e algumas pequenas ilhas localizadas entre a Europa continental e a Gronelândia. 

No segundo dia, a companhia de aluguer que contactáramos online antes da viagem (através do site Economy Car Rentals) veio buscar-nos ao hostel. Fizemos o seguro do carro no seu escritório e, já ao volante, dirigi-me ao centro de Reykjavík para ir buscar o equipamento de campismo, também já reservado. E partimos pela costa sul da ilha, em direção a Vik.
A Islândia possui um relevo bastante acidentado cheio de montanhas localizadas numa espécie de planalto com altitude média em torno de 500 metros. O monte Hvannadalshnúkur é o mais alto do país, com altitute de 2119 metros acima do nível do mar. No entanto, é fácil percorrer a N1, Hringvegur ou Ring Road (Estrada Anel) que circunda a ilha, apesar de haver ainda algumas pequenas secções que não estão asfaltadas. Fazer estas centenas de quilómetros é também uma forma de presenciar todo o poder da natureza islandesa repleta de glaciares, lagoas de icebergues, lagos, géisers, cascatas, vulcões, áreas geotermais, campos de lava, crateras, penhascos, fiordes... com pouca ou nenhuma presença humana.
A Islândia tem clima oceânico. No verão, as temperaturas são mais suaves e a luz do dia prolonga-se até mais tarde dando-nos maior oportunidade para apreciar estas belas paisagens entre o mar e as montanhas. E conduzir na Islândia dá-nos liberdade e autonomia para descobrir o país. As estradas são boas e o tráfego leve. Só foi pena não vislumbrar as auroras boreais pois tal só é possível a partir de finais de agosto.
Por vezes, fazíamos pequenas incursões para o interior perseguindo vulcões ou arcos-íris e apreciando cavalos ou ovelhas islandesas que por todo o lado andam à solta. Saliente-se que há mais ovelhas que pessoas na Islândia pois a população tem pouco mais de 300 mil habitantes…
Continuando pela Ring Road (N1), visitámos a cascata Seljalandsfoss, a única na Islândia em que se pode passar por trás.
Mais adiante, passagem pelo Volcano Visitor Centre, com informações sobre a terrível erupção de Eyjafjallajokull em 2010 e o impacto que teve nos seus habitantes. As cinzas deste vulcão bloquearam o tráfego aéreo na Europa continental.
Casas tradicionais de turfa islandesas
A arquitetura islandesa foi historicamente influenciada pela cultura escandinava e pela falta de árvores no território. Por isso, as primeiras casas feitas no país eram cobertas externamente com grama ou turfa. Com influência da cultura viking, as casas de turfa islandesas tinham um formato alongado, feitas com estrutura de madeira e depois cobertas com o material vegetal.
Cascata de Skógafoss
A cascata de Skógafoss tem quedas de 60 metros e transporta a água do rio Skógaá proveniente dos glaciares Eyjafjallajökull e Mýrdalsjökull. Aqui existe um camping site onde passámos a primeira noite usando o material de campismo alugado composto de: tenda, colchões, sacos-cama, lençóis, pequeno fogão, panelas e outros utensílios de cozinha.


Acampar é certamente uma solução económica para viajar na Islândia mas creio que gastando um pouco mais se pode optar por uma solução mais prática, como as carrinhas "Happy Campers" que vimos por lá. É ideal para viajar a dois e poupa-se trabalho pois o veículo já está preparado para se dormir lá dentro. De notar que só se pode pernoitar nos locais apropriados, como Parques de Campismo.

No dia seguinte, saímos da N1 e percorremos um curto trilho até à língua do glaciar Sólheimajökull que faz parte do enorme Mýrdalsjökull, cuja calota glaciar cobre um vulcão ativo chamado Katla que entra em erupção a cada 40-80 anos. Sólheimajökull tem imensas fendas e formações de gelo em constante mudança, poços e cristas irregulares e é popular para trekking e escalada no gelo.
Dyrhólaey

Regressando à estrada principal, seguimos para a reserva natural e península de Dyrhólaey, o ponto mais meridional da Islândia, próximo da aldeia de Vik. O promontório de Dyrhólaey forma um gigante arco em rocha e oferece vistas espetaculares da costa com falésias e praias de areia preta vulcânica. Nestas rochas e falésias nidificam várias espécies de aves, com destaque para a Andorinha-do-mar-ártica, o animal que faz a maior migração do mundo, entre a Gronelândia e a Antártida, e também para o símbolo do país: o puffin, papagaio-do-mar.

Dali se avista também Reynisdrangar, um conjunto de imponentes colunas de basalto que emergem do oceano e que andam associadas a lendas de duendes, trolls e outras fantasias. Estas formações rochosas localizam-se na praia Reynisfjara que possui incríveis falésias de colunas de basalto hexagonais que logo me fizeram lembrar a Calçada dos Gigantes na Irlanda do Norte.
Eldhraun
Paragem para almoço em Vik e continuação da viagem pela N1 passando por Eldhraun, a mais extensa região de lava do mundo. A lava está revestida por uma espessa e fofa camada de musgo verde que dissipa todas as arestas e nos convida a experimentá-la... Irresistível!
Depois deste "deserto de lava" chegamos à pequena cidade de Kirkjubæjarklaustur e continuamos ao volante através da região desértica e arenosa de Skeiðarársandur. É obrigatório na Islândia o uso das luzes do carro sempre acesas independentemente do tempo bom ou mau, já que mesmo durante o verão o tempo pode mudar de um momento para o outro. Também convém cumprir os limites de velocidade (90 km/h no asfalto e 80 km/h na terra batida).
Chegada, ao fim da tarde, ao Parque Nacional de Skaftafell, onde pernoitámos. É uma das mais belas regiões da Islândia, situada perto de Vatnajökull, o maior glaciar da Europa. O Parque Nacional Vatnajökull cobre a grande área em volta do glaciar com o mesmo nome, com 12.000 km², 10% da área da Islândia. Em Skaftafell há um centro de visitantes com informação sobre o parque, os trilhos e todas as atividades disponíveis - Natureza, desfiladeiros, escalada, aventura.
Skaftafell
Existem outros glaciares importantes na ilha, como o Langjökull, o Hofsjökull e o Mýrdalsjökull, embora muito menores que o Vatnajökull. Os glaciares cobrem cerca de 11% da superfície do país. No entanto, nos últimos anos, a área desses glaciares tem diminuído significativamente, redução esta atribuída ao aquecimento global.
Jökulsárlón
Na manhã seguinte, chegamos a outro lugar de rara beleza na Islândia. Jökulsárlón é uma lagoa profunda que se formou a partir do degelo do Glaciar Breiðamerkurjökull. Os icebergues flutuam nesta lagoa glaciar exibindo tonalidades entre o branco leite e o azul brilhante. Há barcos anfíbios que levam os turistas a passear no meio destes espetaculares icebergues.
Jökulsárlón é um sítio tão bonito que já foi cenário de alguns filmes de Hollywood: “A View to a Kill” (007), “Die Another Day” (007), “Tomb Raider” e “Batman Begins”. Situa-se junto à Estrada N1, apenas a 1,5 km do mar.
Retomamos a estrada em direção a Höfn, visitando pequenos portos pesqueiros e tendo muito cuidado com os "transeuntes" que se nos atravessam no caminho...
Passamos a noite na encantadora aldeia de Breiðdalsvík onde a primeira casa foi construída em 1883 e logo depois uma loja ou cooperativa atraindo mais pessoas. A antiga Co-op ainda existe e foi reconstruída para abrigar um centro geológico para a história vulcânica das regiões de Breiðdalur e a origem dos minerais coloridos que aqui existem.
Em Breiðdalsvík deixamos a N1 e continuamos viagem na linha costeira dos Fiordes Orientais, região de exuberantes montanhas e pitorescos povoados pesqueiros e com uma extraordinária riqueza em minerais. Visita ao museu de pedras minerais de Petra em Stöðvarfjörður.

Depois do almoço em Reyðarfjörður decidimos percorrer o caminho, com regresso, até à povoação de Neskaupstaður, a cidade mais oriental da Islândia, localizada num pequeno fjord, Norðfjörður.

A estrada de Eskifjörður para Neskaupstaður tem excelentes vistas, especialmente antes da travessia do túnel de um só sentido, de 626 metros de comprimento, que atravessa as montanhas Oddskard. O túnel fica a 632 metros acima do nível do mar e foi construído entre 1974-1977.

A estrada continua depois serpenteando colina abaixo até à localidade que há 50 anos só era acessível pelo mar, facto que teve um efeito estimulante na animada cultura local. A economia de Neskaupstaður ainda depende bastante da pesca e do processamento de peixe e a cidade é conhecida como a capital do arenque da Islândia.
Chegada a Egilsstaðir, jantar e dormida no Parque de Campismo.
Decidimos fazer mais um desvio, com regresso a Egilsstaðir, para ir visitar Seyðisfjörður, uma bela e pitoresca cidade de casas de madeira antigas, situada num poderoso fiorde. É a partir daqui que se faz a ligação via ferry com a Dinamarca, através das Ilhas Faroe.
Seyðisfjörður
Retomamos a N1 em direção à região do lago Mývatn e percorremos, pelo caminho, um pequeno trilho a norte para ir visitar Dettifoss, a mais potente queda de água da Europa, com 45 m de altura, 100 de largura e um caudal de 500 metros cúbicos de água por segundo.
Mais adiante, encontramos a área vulcânica do Krafla, de cerca de 10 km de diâmetro e cujo pico mais elevado alcança os 818 metros. O vulcão entrou em erupção em 1984, mas o vapor de um campo de lava quente e de nascentes de enxofre ainda pode ser visto na área das fumarolas de Hverir. Desde 1977, a área do Krafla tem sido a fonte da energia geotérmica utilizada por uma estação de energia elétrica, capaz de produzir 500 GWh de eletricidade anualmente com a sua capacidade instalada de 60 MW (2 x 30 megawatts).
Krafla

Não muito longe está a cratera Víti (que significa "inferno" em islandês) cuja última erupção foi em 1976. Hoje tem uma aparente tranquilidade com um lago azul no fundo.

A igreja de Reykjahlíd (agora remodelada) foi o único edifício que sobreviveu à erupção do vulcão Krafla em 1729 e o local onde se refugiaram os habitantes.

Na área em redor do Lago Mývatn podem observar-se algumas maravilhas da natureza como cones vulcânicos, piscinas termais, campos de lava...

As extraordinárias formações de lava de Dimmuborgir, o vulcão Hverfjall, as pseudo-crateras de Skútusstaðir e o próprio lago integram estas belezas naturais. A fauna e a flora também fazem parte da riqueza natural de Mývatn.
Tempo ainda para apreciar a magnífica cascata de Goðafoss, também conhecida como a “Cascata dos Deuses”. Este nome surgiu porque a ela foram lançadas as estátuas dos deuses pagãos nórdicos no ano 1000, quando o Cristianismo foi introduzido na Islândia.

Em Akureyri, temos a primeira experiência de couchsurfing na Islândia, em casa do CS Sveinn. A cidade localiza-se no extremo norte do país, em região costeira. A média de temperatura nos meses de inverno gira em torno de -1,5°C e nos meses de verão, em torno de 11°C. Um interessante pormenor nas ruas: o semáforo vermelho com forma de coração.

Continuámos viagem com a russa Masha que andava pelo país à boleia. Percorremos a costa passando pela bonita localidade de Dalvík de onde parte o ferry que serve a ilha de Grímsey, a comunidade mais ao norte da Islândia, que já se encontra no Círculo Polar Ártico.

Depois Siglufjörður e Sauðárkrókur percorrendo o fiorde de Skagafjörður no interior do qual existem três ilhas:  Málmey, Drangey e Lundey. As ilhas são o lar de várias colónias de aves marinhas e, para além disso, prestam-se a bonitas fotos do pôr do sol ou do sol da meia-noite.
Skagafjörður
Esta é uma das regiões agrícolas mais prósperas da Islândia e famosa pela criação de cavalos.  Aqui o número de cavalos supera o das pessoas. Pratica-se também a técnica de secagem do peixe no exterior. Um urso polar, que teve os últimos dias aqui no fiorde, pode ser visto no museu Minjahús, em Sauðárkrókur.

Depois de deixarmos a Masha, que seguiu para a capital, passámos uma agradável noite em casa da CS Palina, em Laugarbakki. No dia seguinte, retomámos a N1 para logo cortar à direita em direção a Búdardalur e Stykkishólmur, percorrendo uns bons quilómetros por estradas secundárias e com gravilha, muito pouco movimentadas.

Stykkishólmur tem um porto natural e parece uma cidade muito bonita mas tivemos azar com o tempo chuvoso. É daqui que parte o ferry para os fiordes ocidentais com paragem na pequena ilha Flatey.
Passagem por Ólafsvík e pela zona do Snæfellsjökull, um vulcão com glaciar com uma elevação de 1446m, onde Júlio Verne situa a entrada para outro mundo na sua «Viagem ao Centro da Terra» (1864). Mais uma vez não deu para resistir aos campos de lava cobertos por musgo fofinho. 

Outras atrações da Península de Snaefellsnes incluem as "lifting stones" em Djúpalónssandur, (usadas pelos pescadores para testar a força), penhascos, gargantas, formações rochosas e cavernas impressionantes, muitas delas cheias de aves. O litoral e os penhascos entre as antigas vilas de pescadores de Hellnar e Arnarstapi tornaram-se Reserva Natural em 1979.

Seguimos para Borgarnes e armámos a tenda já noite escura, com a ajuda dos faróis do carro, num pequeno parque de campismo, em Varmaland.
Na manhã seguinte, já visitávamos Deildartunguhver, a fonte termal mais potente da Europa e a bonita cascata de Hraunfossar.
A nossa viagem havia sido planeada em traços largos, a partir da ideia de dar a volta à ilha em dez dias, mantendo-se minimamente flexível. Neste dia, a partir de informações que acidentalmente nos chegaram, decidimos fazer uma extravagância na nossa viagem: visitar a Ice Cave no glaciar Langjökull, o segundo maior da Islândia e da Europa. 
Em Husafell, o asfalto acaba e surge-nos um trilho em terra, irregular e cheio de cascalho. Mas, como tínhamos feito seguro contra gravilha, achei que não havia problema e aí vamos nós aos solavancos montanha acima em direção ao glaciar cujo ponto mais alto se situa nos 1450 metros acima do nível do mar.   
Foi o tempo de chegar ao campo base de Klaki e comprar o bilhete que ronda os cem euros por pessoa. O tour ia começar. Entrámos num "monstro" com rodas e lá vamos subindo a encosta do glaciar até à entrada da Ice Cave. 
Langjökull
Trata-se de uma caverna feita pela mão do homem, uma ideia que surgiu de um grupo de amigos e que, após cinco anos de estudo e planeamento por engenheiros de alto nível, geofísicos de renome mundial e especialistas em glaciares, abriu portas em junho de 2015 com a designação "Into the Glacier". Muito recente, portanto.
A experiência permite aos viajantes entrar no coração de um glaciar e admirar os seus intensos tons de azul ao mesmo tempo que ouvem informações sobre o assunto, a 200m de profundidade. Isto para além da sensação de andar sobre o glaciar num gigante camião de 8 rodas.
Prosseguimos a viagem por aquele trilho de montanha adiante, com um magnífico cenário, até porque ele representava um significativo atalho para Thingvellir. Só mais tarde, quando entregámos o carro na agência, percebemos que estes percursos são apenas destinados a veículos 4x4 e proibidos a carros ligeiros alugados podendo incorrer em multa... Sorte!
Thingvellir foi declarado Parque Nacional em 1928 e está classificado pela UNESCO como património mundial devido à sua importância histórica, assim como pelas suas características tectónicas e vulcânicas. Foi aqui que se fundou e reuniu o parlamento Viking da Islândia, o Althing, o mais antigo parlamento do mundo, fundado no ano 930. 
A deriva continental pode ser observada neste local emblemático dos islandeses. A fenda de Thingvellir é a continuação da dorsal mesoatlântica e o mesmo processo que afasta a América da Europa. Thingvellir e a Islândia estão a crescer cerca de 2,5 cm por ano, existindo cada vez mais fendas na rocha do vale. A origem vulcânica da ilha é claramente visível no lago Þingvallavatn, o maior lago islandês, integrado no parque. As falhas geológicas criam cânions onde as placas tectónicas Eurasiana e Norte Americana se encontram.


Continuámos o roteiro por este "Triângulo Dourado" da Islândia que inclui o Parque Natural de Thingvellir, o grande Geysir e a cascata de Gullfoss, tudo relativamente perto da capital e que pode ser visitado em excursões de um dia a partir da mesma.

Geysir é o mais antigo geiser conhecido, em atividade desde o século XIV. Foi este geysir da Islândia que deu o nome a todos os outros do mundo. As águas saltam de dentro da terra elevando-se a dezenas de metros, com intervalos de poucos minutos. No recinto há outras manifestações de atividade geotermal como as cortinas de fumos de enxofre que por vezes envolvem os visitantes.


Continuação para as quedas de água de Gullfoss, conhecida como a cascata de ouro, uma das maiores e mais espetaculares do país. Tem quase 30 metros de altura e o seu som ensurdecedor ouve-se a uma distância considerável, enchendo o ar de humidade.
Acampámos no "Guest Use" de Selfoss e cozinhámos o nosso jantar, já noite cerrada. No décimo e último dia da nossa visita ao país, tomámos o pequeno-almoço ainda no parque de campismo, arrumámos bem toda a tralha, seguiu-se o café gratuito a que temos direito nas bombas de abastecimento da Olis (e onde há wifi) e rumámos a Reykjavík para entregar o material de campismo alugado e dar mais uma voltinha pelas ruas da cidade.
E para terminar em beleza, nada como passar umas horas de relaxamento na Lagoa Azul, famosa pelas suas características únicas de banhos e tratamentos, num cenário onde lava e águas termais se completam. Depois foi só entregar o carro no aeroporto de Keflavik, que fica perto, e embarcar de madrugada para Manchester antes do regresso a Portugal.

A título indicativo, esta viagem não ultrapassou os 1500€ por pessoa, voos incluídos.

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