A República de Malta é um pequeno país europeu, um arquipélago encravado no centro do Mediterrâneo, composto por cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km ao sul da ilha da Sicília: Malta, Gozo, Comino e duas ilhotas desabitadas, Cominotto e Filfla. A capital é La Valetta. Faz parte da UE desde 2004, ano em que visitei o país.
Com localização estratégica, Malta foi dominada por fenícios, cartagineses, romanos, árabes, franceses e ingleses, povos que deixaram a sua marca e fizeram de Malta um país de grande diversidade cultural e tolerância para com o outro. A língua nacional é o maltês, que faz parte da família de línguas semíticas, que inclui o árabe. O inglês também é língua oficial e muitos malteses falam italiano. À moda inglesa conduz-se do lado esquerdo.
La Valetta
A Co-Catedral St. John, a igreja mais importante da ilha, construída pelos Templários, com esplêndida decoração barroca no interior, reúne relíquias da Espanha, Itália, Alemanha, França, entre outros países, de acordo com a nacionalidade dos cavaleiros. No oratório, encontra-se uma obra-prima de Caravaggio - "A decapitação de João Baptista".
Catedral St John
Em 1530, as ilhas foram cedidas pela Espanha à Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém, hoje conhecida como "Ordem de Malta", que governou as ilhas até ao século XIX, altura em que a ilha passou a pertencer ao império britânico.
Auberge de Castille, Teatro Manoel
A Ordem de Malta começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, durante as Cruzadas, tornando-se depois uma Ordem militar cristã encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra. Actualmente, a Ordem de Malta é uma organização humanitária internacional, que dirige hospitais e centros de reabilitação em diversos países. Grão-mestres portugueses:
- D. Afonso (1203-1206)
- Luis Mendes de Vasconcelos (1622-1623)
- António Manoel de Vilhena (1722-1736)
- Manuel Pinto de Fonseca (1741-1773)
Manoel de Vilhena foi um dos mais notáveis grão-mestres da Ordem dos Cavaleiros de Malta, conhecido pela habilidade, prudência e valor com que defendeu ataques dos Turcos. Foi amado pelos seus contemporâneos por ter tentado melhorar a situação da ilha, criando inúmeras instituições de caridade. Para além disso, criou o Palácio da Ordem, construiu o Forte e o Teatro Manoel, que é tido como sendo o segundo mais antigo teatro da Europa ainda hoje em utilização. A sua sepultura na Catedral dos Cavaleiros de São João é a maior e mais sumptuosa de todas as sepulturas dos grão-mestres.
Upper Barrakka Gardens, Vittoriosa, catedral S.Paulo em Mdina
Igreja de Mosta e a bomba que não chegou a explodir na II GM
Aldeia do Popeye
Templo neolítico de Tarxiem
Malta está habitada desde cerca de 5200 a.C., período Neolítico. Segundo o livro dos Actos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes ao Cristianismo. As catacumbas serviam aos cristãos como sepulturas subterrâneas.
Penso que se alguém vai a Malta com o objectivo de fazer praia talvez fique desiludido devido à limitada extensão do areal que fica sobrelotado no Verão… Do hotel transpomos um pequeno passadiço sobre as rochas e entramos directamente na água. E o mar, sim! Aquela água azul do Mediterrâneo, transparente e morna, é uma maravilha, um delírio para quem gosta de snorkeling e mergulho, pois também tem imensas grutas.